Iroel Sánchez
Surge uma suspeita em nossas mentes incrédulas ao ver as notícias que chegam da Líbia, relacionadas aos bombardeios da chamada “coalizão”.
Conhecendo a experiência dos que lançam bombas para evitar os chamados “danos colaterais” – fizeram história durante a campanha contra a desintegrada Iugoslávia, onde até a embaixada chinesa em Belgrado foi bombardeada, e continuaram exercitando no Afeganistão e no Iraque – alguns perguntam como conseguiram com os mesmos exércitos, com as mesmas armas, evitar que apareçam vítimas civis nas imagens dos fotógrafos e das câmeras que cobrem a “intervenção humanitária”? Sobretudo, quando há poucos dias, forças norte-americanas voltaram a massacrar, “por erros”, um grupo de crianças no Afeganistão.
Mas, por mais que fiquemos assombrados, a cobertura da imprensa internacional, a mesma que contribuiu com vários cadáveres de correspondentes sob o fogo dos libertadores no Iraque, só fala dos objetivos que foram cumpridos entre as fileiras dos militares líbios.
É para supor, então, que também melhorou a pontaria da grande imprensa, que anteriormente criticou os bombardeios do governo líbio com sua aviação contra a população civil, sem poder mostrar provas, como foram denunciadas por fontes militares russas.
A propósito, um hacker holandês publicou no sítio “Wired” as mensagens que a aviação agressora está enviando aos navios líbios, ameaçando-os que “se tentarem abandonar o porto serão atacados e destruídos imediatamente”.
Quanto à precisão do fogo com que serão atacados pode haver dúvidas; mas a pontaria dos meios de comunicação não refletirá, jamais…
* Tradução de Sandra Luiz Alves. Blog do miro