A mancada do Djavan

 
Iroel Sánchez

O cantor e compositor brasileiro Djavan chegou a Miami e foi imediatamente consertar as suas declarações no El Nuevo Herald. De acordo com o jornal do sul da Flórida, o famoso músico concedeu uma “entrevista exclusiva”, em que todas as expressões são ataques contra a Revolução cubana e seu líder Fidel Castro.
As afirmações que já não se sustentam nem na própria Miami, como “O povo cubano está sofrendo muito, porque tudo está nas mãos de uma família” foram vomitadas por Djavan em uma óbvia campanha de marketing para promover seu concerto musical  alí. Infelizmente, o brasileiro devia estar lendo as mentiras da revista Forbes sobre Fidel publicadas há alguns anos e queria reciclár-las pensando que com isso seria bem recebido na Flórida.

Mas a ignorância não pára por aí, e, para apoiar os seus ataques, Djavan citou Nelson Mandela, um amigo íntimo de Fidel e da Revolução Cubana e disse que Pablo Milanes não podia se expressar na Ilha. Mandela, em uma conferência de imprensa acompanhado  de nada menos do presidente Bill Clinton teve a coragem de dizer: “Fidel Castro é um dos meus melhores amigos. Tenho orgulho de estar entre aqueles que apóiam o direito dos cubanos de escolher seu próprio destino. ” Quanto a Pablo Milanés, coincidentemente, acaba de divulgar sua nova turnê em torno de Cuba, organizado com o apoio do Instituto Cubano da Música, uma instituição do governo da ilha.

Obviamente, a operação foi um pouco deslocada no tempo e no espaço, e quem recomendou ao Djavan fazer estas declarações enganou-o. O apressado propagandista de si mesmo não só expressou a falta de conhecimento de Cuba, como também ignora que, embora não acabasse a intolerância,Miami esta mudando e vários artistas cubanos se apresentam na cidade da Flórida sem ter de se juntar ao coro estridente da propaganda anti- cubana. Em vez disso, ele está tão preocupado com a política que foi para os Estados Unidos justamente quando no Brasil se realiza uma eleição crucial, na qual, conforme temrelatado lo presidente Lula, a imprensa age como um partido político contra aqueles que aspiram uma vida melhor para seu povo.

Se você quiser falar sobre liberdade de expressão e se opor a todo tipo de censura, como disse o jornal Herald, sugerimos ao Djavan que pergunte no seu retorno ao Brasil porque a esquerda brasileira teve de criar um espaço na Internet, o Carta Maior(e outros), depois de ser censurada em todos os grandes meios de comunicação. Mas, antes, ele poderia aproveitar da sua presença em Miami para conversar com Max Lesnick, que, como editor da revista Réplica recebeu nesta cidade quatro atentados com bomba (recorde mundial), ou pedir ao jornal diário El Nuevo Herald localizar o seu colaborador José Varela .

(Tradução:Osmar Gomes da Silva)

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